Pesquisa propõe que movimento se deve à conveniência e segurança
O isolamento social promovido pela pandemia impulsionou atividades de compra e venda online em diversos mercados. Consequentemente, o número de transações dessa categoria aumentou consideravelmente, sobretudo nas áreas:
- De venda de artigos esportivos;
- De venda de smartphones;
- De venda de videogames.
Quer entender melhor esse momento? Continue no nosso artigo!
A maior alta dos últimos anos
A 42ª edição da pesquisa Webshoppers, realizada pela Ebit | Nielsen em parceria com a Elo, apontou um aumento de 47% no crescimento do e-commerce brasileiro, apenas no primeiro semestre de 2020. O faturamento também seguiu esse mesmo rumo, transformando os mais de 90,8 milhões de pedidos em uma alta de 39% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Além disso, quantidade de pessoas que utilizam esse meio de forma assídua também aumentou. Dentre os 41 milhões de indivíduos adeptos a esse modelo, 58% fizeram mais de quatro pedidos por semestre. Dentro desse grupo, 20% fizeram mais de dez compras nesse intervalo.
Transformando esses dígitos em um material mais palpável, essas transações representaram uma movimentação colossal em comparação a outros setores. Em números brutos, todas essas atividades ajudaram na circulação de, aproximadamente, R$ 38,8 bilhões na economia.
Todos esses valores foram resultado de um maior interesse pelo mercado digital, também consequência de uma população que passou a experimentar mais. Em média, 7% dos usuários apostaram nesse padrão pela primeira vez e, entre os que estavam mais familiarizados, os investimentos cresceram em até 6%, chegando a 427 reais.
Outro estudo, dessa vez desenvolvido pela Visanet, demonstrou que essa cultura pode estar relacionada com a construção de uma tendência por conveniência e segurança. Afinal, segundo dados apresentados, as transações realizadas no e-commerce, com a bandeira Visa, foram seis vezes maiores no último trimestre de 2020, se comparados ao mesmo período do ano anterior.
Mais Brasil
Ao estudar a história socioeconômica brasileira é possível perceber que a distribuição de renda entre suas regiões é extremamente desigual, com enfoque maior às áreas sul e sudeste. Porém, no segmento que estamos abordando, o cenário é mais promissor, conforme a mesma pesquisa da Ebit | Nielsen citada anteriormente.
Apesar dessas duas áreas representarem os maiores mercados online do país, as outras regiões vêm apresentando um crescimento muito positivo nesse sentido. O nordeste, por exemplo, obteve uma alta de 107% no faturamento desse setor em relação ao mesmo período do ano anterior. O norte, por sua vez, elevou suas transações digitais em compras em 93%. Em valores totais, isso representa, respectivamente, 18% e 7% de participação no total de vendas online no Brasil.
Afinal, tudo isso deve ser passageiro?
Não! Apesar da pandemia ter promovido esse estilo de consumo a curto prazo, esse crescimento estava previsto em menor escala, mas não deve se alterar de forma brusca. Pelo menos é isso que aponta o relatório Global Outlook 2021, desenvolvido pela Mastercard.
Segundo as informações colhidas pela entidade, entre 20% e 30% das operações financeiras que migraram das lojas físicas para virtuais durante o isolamento social deve se tornar permanente após esse período. Isso também reflete nos investimentos nesse setor, que ficaram entre 10% e 16% maiores em comparação com os anos que antecederam a crise.
Como acompanhar esse movimento?
A princípio, é importante entender os pontos positivos e negativos de cada área. Dessa forma, será possível investir corretamente nos setores mais promissores do momento, sejam eles internos ou externos ao seu mercado. Por isso, vale a indicação de alguns dos principais produtos com maior potencial de saída.
- Celulares
Seguindo uma tendência mundial, a venda de celulares em território brasileiro segue em alta. Apesar da crise, esse setor conquistou um crescimento de 3% no primeiro trimestre de 2021, conforme apontou o estudo IDC Brazil Mobile Phone Tracker Q1 2021.
Ao compararmos as receitas geradas por essas transações, podemos perceber uma alta de 17% em relação ao mesmo período de 2020. Ao todo, só esse ano foram gerados, aproximadamente, 19 bilhões de reais nesse sentido.
- Notebooks
O isolamento social fez com que atividades remotas se tornassem mais comuns na rotina de diversas pessoas, sejam elas para lazer, estudos ou trabalho. Consequentemente, os computadores portáteis passaram a ser um dos principais focos de indivíduos que se encaixam nesses moldes.
Dados coletados pela IDC Brasil mostram que as vendas dessas máquinas cresceram 21,9% durante o ano de 2020. Além disso, todo esse movimento acontece apesar do aumento de 26,3% nos preços desses produtos.
- Videogames
A pandemia também aumentou o interesse por videogames no país, que viu esse mercado continuar decolando. Segundo dados coletados para a Pesquisa Games Brasil 2021, 46% dos entrevistados afirmaram estar jogando mais durante esse período.
O investimento dessa categoria também é alto, com 42,2% do público alegando ter investido mais dinheiro com jogos virtuais nesse intervalo. Além disso, o consumo de produções em plataformas digitais também é recorrente entre 2/3 desses indivíduos.
A sobrevivência dos mais aptos
A adequação a uma fase tão turbulenta pode ser feita de diversas maneiras, mas sempre através de colaborações com os melhores nomes do mercado. Por isso, se alie a modelos de sucesso, que apresentem resultados reais sem muita pirotecnia. Afinal, a objetividade e a eficiência são elementos complementares no meio corporativo. E no mercado brasileiro isso não é diferente.
Logo, é fundamental possuir ligações com canais competentes, sejam eles de comunicação, pagamento, ou qualquer outro nesse sentido. Por isso, trabalhar com companhias que atendam seus consumidores de forma rápida e segura é essencial. Mas será que isso é tão importante assim?
Melhorar a experiência de compra do seu cliente é tão necessário quanto oferecer produtos e serviços de qualidade, inclusive financeiramente. Uma pesquisa realizada pela PwC Brasil concluiu que o consumidor brasileiro está disposto a desembolsar 1/3 a mais para receber um suporte positivo através dessa vertente.
Portanto, ser veloz e eficiente gera resultados muito mais relevantes do que pensamos normalmente, seja antes, durante ou depois de qualquer crise. Por isso, investir para lapidar esse segmento é um dos principais pilares para qualquer companhia de sucesso.