O Pix no Brasil está projetado para conquistar 40% do mercado de pagamentos online até 2026, como revelado em um estudo da Ebanx.
O sistema de pagamento instantâneo brasileiro, o Pix, deverá representar mais de 40% das transações online no país até 2026, de acordo com uma pesquisa da fintech Ebanx divulgada nesta quinta-feira. A amplamente utilizada ferramenta, lançada pelo Banco Central no final de 2020, planeja expandir sua participação no mercado de compras online para 40,4% em 2026, em comparação com os 29,45% do ano anterior, segundo dados coletados pela Payments and Commerce Market Intelligence para o estudo da Ebanx.
Isso quase igualaria os cartões de crédito como o principal método de pagamento online utilizado pelos clientes no país, em um mercado previsto para valer US$ 457 bilhões em 2026.
"O Pix revolucionou a experiência de pagamentos no Brasil", afirmou Paula Bellizia, presidente de pagamentos globais da Ebanx, destacando que 80% dos compradores que realizaram transações nos últimos três anos com comerciantes da Ebanx utilizaram a ferramenta em sua primeira compra. Somente no ano passado, esse número subiu para 95%.
Em toda a América Latina, as carteiras digitais como Mercado Pago ou PayPal representam 9% das compras online, conforme mostrado no estudo. Na Argentina e em El Salvador, esse percentual chega a quase um quarto das vendas.
Entretanto, os pagamentos instantâneos ainda não são uma realidade para outros países da região. Embora alguns estejam testando ferramentas semelhantes ao Pix do Brasil ou ao UPI da Índia, outros ainda estão em estágios iniciais de maturidade, afirmou Bellizia.
Quando falamos do Panamá e do Equador, estamos nos referindo a uma maior penetração dos cartões de crédito", acrescentou Bellizia, enquanto em mercados como o México, a economia ainda está predominantemente focada em dinheiro e débito. No geral, 97% dos vendedores online do Brasil aceitam cartões, em comparação com uma média de 82% nos mercados emergentes, de acordo com a Ebanx. No México, o percentual está em linha com a média. No Peru, no Chile e no México, a modalidade de débito adicionou 25 milhões de clientes às bases das empresas que utilizam os sistemas da companhia desde 2020.
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